Não poderia deixar passar em branco as alterações na Antena 3, rádio de que tanto gosto e na qual sempre tive a esperança que se torna-se melhor. Assim foi!
A nova Antena 3 tornou-se efetivamente (como diz o slogan) uma alternativa pop, entenda-se com isto que passa maioritariamente música alternativa - entendo que esta é toda a música que foge do main stream vigente nas rádios de difusão nacional.
Há já algum tempo deixei de ouvir rádio nas minhas deslocações de carro, já bastava a condução para irritar, não preciso de juntar a isso música má. Como ouvi falar nas alterações na Antena 3 e pareceram-me boas, especialmente no segmento da manhã, dei uma hipótese, foi o melhor que fiz.
As duplas Ana Galvão e Joana; Luís Oliveira e Ana Markl (esta última locutora, claramente, ainda em fase de adaptação) são fabulosas. O gosto musical é bom, tenho aqui de destacar o Luís Oliveira, que se deve sentir muito mais realizado, com a liberdade dada fora da antiga (miserável) lista de músicas. Era lastimável ter de meter a Antena 3 no mesmo saco de RFM e Comercial, quando esta nunca teve esse objetivo, com estas alterações isso acabou.
A Antena 3 sempre teve programas de autor incrivelmente bons, mas em horários vergonhosos, agora é como se toda ela fosse uma rádio de autor, de bom gosto. Ter Portugália ao final da manhã é um luxo, com isto até sinto que possa voltar a ter o interesse que tive outrora por consumir música nova, para já agrada-me que recuperem boa música, mesmo ela sendo antiga.
Aconselho vivamente todos os que gostam de música alternativa, ou apenas que gostam de música boa, a ouvirem a nova Antena 3. Mesmo os que acham que não gostam, pode ser que descubram novas sonoridades que jamais ouviram nas rádios nacionais privadas.
Conheçam a nova grela em: http://media.rtp.pt/antena3/
sábado, 31 de outubro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Os famosos cruzeiros no douro
No último final de semana 10 e 11 de Outubro fui fazer um programa que se adivinha extraordinário, uma experiência única, que está escrita na lista de coisas a fazer de qualquer português; um cruzeiro de 2 dias pelo Rio Douro desde o Porto até Barca de Alva (ou seja, desde a foz do rio até à fronteira com Espanha) na empresa ROTA DO DOURO. Tinha vales para gastar em viagem e a tratava-se de fim de semana muito especial, no sábado o meu homem festejava o seu aniversário e no domingo comemorávamos 5 anos de namoro.
Este artigo visa a viagem por etapas, com descrição. No entanto, a experiência que os meus pais tiveram noutra companhia foi substancialmente diferente, pelo que posso fazer comparações baseadas em fontes fiáveis :)
A partida:
Dirigimo-nos à Ribeira do Porto para embarcar, logo à partida tivemos dificuldade em saber qual o local de embarque. Nada estava assinalado com o nome da companhia e os barcos ainda não tinham chegado, num dia de anunciado temporal (tivemos sorte não choveu) partimos com um atraso de 50 minutos. Atrasos para mim são coisa séria, revelam falta de profissionalismo e de consideração.
Fomos dos primeiros a chegar mas entretanto vieram os rebanhos de excursões e formaram filas, e nós sem perceber nada daquilo e sem avistar ninguém, acabamos por entrar porque perguntamos a quem (sem identificação nenhuma) andava de papeis na mão.
O avistamento da embarcação foi uma enorme desilusão, frustração e um desgosto, tratava-se de um cacilheiro adaptado, com ferrugem, casa de banho duvidosa e uma área comum (tipo refeitório) onde meteram um número considerável de pessoas. A sensação foi de que pagamos um produto anunciado como sendo de luxo e "vamos numa excursão num autocarro da Linhares". Pelo menos fomos à frente porque atrás o barulho dos motores e o cheiro a combustível era absolutamente insuportável.
A comida:
Quem me conhece bem sabe que eu não posso ter fome, nem ver gente brincar com a comida. É motivo para retaliação e rebelião.
Pequeno-almoço no barco é o básico, mas comparado com o resto é bem bom.
Almoço no primeiro dia porco lombo com batatas, sem opção, está mal. Eu não como porco mas não tive outro remédio, porque depois disso fiquei 8 horas sem comer. No primeiro dia entre o almoço e o jantar estivemos 8 horas sem comer, sendo que pelo meio tivemos "uma prova de vinhos" sem nada para meter no estômago.
No segundo dia, deram-nos um arroz de pato que desconfio nem pato era.
Jantar em hotel 4 estrelas um nojo, uma vergonha, a gota de água...O Hotel Régua Douro muito afamado deu-nos como prato principal de um produto de luxo uma mixórdia de puré, lascas de bacalhau, delicias do mar, cogumelos de lata, ovo cozido e muita gordura; uma espécie da massa consistente que envergonha a cantina da minha escola. Servida como quem atira massa consistente a um muro, o que fez com que algumas pessoas saíssem sujas do jantar. Como disse o Vicente "parece que se esqueceram de preparar o jantar e despejaram no pirex (sim foi servido à colherada de um pirex) tudo o que havia na despensa e levaram ao forno!". De sobremesa uma torta vergonhosa que ninguém comeu ou um leite creme saído do frigorífico. Reclamei imediatamente, mesmo sem comer, todos os presentes estavam desagradados, mas como eu reclamei acharam que "não valia a pena reclamar toda a gente."
No segundo dia queriam deixar-nos sem comer entre as 16 e as 23, porque achavam que um lanche (uma sandes de queijo, 3 rissóis e 4 quadrados 3x3cm de bola) chegava. Curiosamente toda a tripulação que seguia no comboio ia abastecida com restos do lanche. Fizemos barulho, aí sim todos, e foi-nos dado um saco plástico para levarmos os restos do lanche para a viagem.
A Tripulação:
Foi muito diferente nos dois barcos:
Barco Vale do Douro, do primeiro dia, foi uma desgraça até lá dentro se pegaram, estavam todos sujos, eram antipáticos e o chefe de sala era uma besta.
Barco Transdouro (penso eu), do segundo dia, tinha uma tripulação fabulosa, limpa e asseada, um chefe de sala que era um verdadeiro líder, mesmo assim não há milagres porque não conseguem resolver tudo.
O Alojamento:
Os quartos destinados para os hóspedes da Rota do Douro eram virados para a estrada, sendo que o nosso em particular estava situado em frente ao elevador e junto ao reclamo luminoso que fez barulho a noite toda. Este tipo de quarto não foi dado a outros hóspedes, nomeadamente estrangeiros.
A visita à quinta e a prova de vinhos:
Depois de 5 horas sem comer fomos para a Quinta do Seixo, do grupo Sogrape, uma quinta lindíssima, super bem arranjada e com uma vista top. Problema é que a visita foi 15 minutos (depois de uma hora de viagem de ida e outra de volta) onde vimos um marco, umas garrafas e umas pipas. A prova foi dois fundos de vinho do douro de supermercado.
A partida:
Dirigimo-nos à Ribeira do Porto para embarcar, logo à partida tivemos dificuldade em saber qual o local de embarque. Nada estava assinalado com o nome da companhia e os barcos ainda não tinham chegado, num dia de anunciado temporal (tivemos sorte não choveu) partimos com um atraso de 50 minutos. Atrasos para mim são coisa séria, revelam falta de profissionalismo e de consideração.
Fomos dos primeiros a chegar mas entretanto vieram os rebanhos de excursões e formaram filas, e nós sem perceber nada daquilo e sem avistar ninguém, acabamos por entrar porque perguntamos a quem (sem identificação nenhuma) andava de papeis na mão.
O avistamento da embarcação foi uma enorme desilusão, frustração e um desgosto, tratava-se de um cacilheiro adaptado, com ferrugem, casa de banho duvidosa e uma área comum (tipo refeitório) onde meteram um número considerável de pessoas. A sensação foi de que pagamos um produto anunciado como sendo de luxo e "vamos numa excursão num autocarro da Linhares". Pelo menos fomos à frente porque atrás o barulho dos motores e o cheiro a combustível era absolutamente insuportável.
A comida:
Quem me conhece bem sabe que eu não posso ter fome, nem ver gente brincar com a comida. É motivo para retaliação e rebelião.
Pequeno-almoço no barco é o básico, mas comparado com o resto é bem bom.
Almoço no primeiro dia porco lombo com batatas, sem opção, está mal. Eu não como porco mas não tive outro remédio, porque depois disso fiquei 8 horas sem comer. No primeiro dia entre o almoço e o jantar estivemos 8 horas sem comer, sendo que pelo meio tivemos "uma prova de vinhos" sem nada para meter no estômago.
No segundo dia, deram-nos um arroz de pato que desconfio nem pato era.
Jantar em hotel 4 estrelas um nojo, uma vergonha, a gota de água...O Hotel Régua Douro muito afamado deu-nos como prato principal de um produto de luxo uma mixórdia de puré, lascas de bacalhau, delicias do mar, cogumelos de lata, ovo cozido e muita gordura; uma espécie da massa consistente que envergonha a cantina da minha escola. Servida como quem atira massa consistente a um muro, o que fez com que algumas pessoas saíssem sujas do jantar. Como disse o Vicente "parece que se esqueceram de preparar o jantar e despejaram no pirex (sim foi servido à colherada de um pirex) tudo o que havia na despensa e levaram ao forno!". De sobremesa uma torta vergonhosa que ninguém comeu ou um leite creme saído do frigorífico. Reclamei imediatamente, mesmo sem comer, todos os presentes estavam desagradados, mas como eu reclamei acharam que "não valia a pena reclamar toda a gente."
No segundo dia queriam deixar-nos sem comer entre as 16 e as 23, porque achavam que um lanche (uma sandes de queijo, 3 rissóis e 4 quadrados 3x3cm de bola) chegava. Curiosamente toda a tripulação que seguia no comboio ia abastecida com restos do lanche. Fizemos barulho, aí sim todos, e foi-nos dado um saco plástico para levarmos os restos do lanche para a viagem.
A Tripulação:
Foi muito diferente nos dois barcos:
Barco Vale do Douro, do primeiro dia, foi uma desgraça até lá dentro se pegaram, estavam todos sujos, eram antipáticos e o chefe de sala era uma besta.
Barco Transdouro (penso eu), do segundo dia, tinha uma tripulação fabulosa, limpa e asseada, um chefe de sala que era um verdadeiro líder, mesmo assim não há milagres porque não conseguem resolver tudo.
O Alojamento:
Os quartos destinados para os hóspedes da Rota do Douro eram virados para a estrada, sendo que o nosso em particular estava situado em frente ao elevador e junto ao reclamo luminoso que fez barulho a noite toda. Este tipo de quarto não foi dado a outros hóspedes, nomeadamente estrangeiros.
A visita à quinta e a prova de vinhos:
Depois de 5 horas sem comer fomos para a Quinta do Seixo, do grupo Sogrape, uma quinta lindíssima, super bem arranjada e com uma vista top. Problema é que a visita foi 15 minutos (depois de uma hora de viagem de ida e outra de volta) onde vimos um marco, umas garrafas e umas pipas. A prova foi dois fundos de vinho do douro de supermercado.
Tudo o que não está relacionado com a empresa Rota do Douro:
A vista é fabulosa, as cores de outono dão à paisagem tons lindos e encantadores. Os desníveis da barragem são incríveis uma experiência a ter. Infelizmente não aproveitei na plenitude...
Conclusão:
Não comprem na Rota do Douro, a Barca do Douro é muito melhor.
Vale a pena, realmente, da Régua para cima. Podem ir de carro até à Régua e depois de barco, comboio ou mesmo de carro até ao Pocinho ou barca D'Alva. Fica bem mais em conta e é o que vale a viagem.
Se quiserem passar nas barragens, optem por outra empresa.
Tudo o que a vista alcança é mágico, lindo de morrer inesquecível.
A melhor colaboração Homem-Natureza que vi até hoje.
A vista é linda não morram sem o fazer!
Se quiserem passar nas barragens, optem por outra empresa.
Tudo o que a vista alcança é mágico, lindo de morrer inesquecível.
A melhor colaboração Homem-Natureza que vi até hoje.
A vista é linda não morram sem o fazer!
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Balanço de 1 ano e 1/2 de exercício físico (sério) regular
Este mês de setembro faz um ano e meio que uma hérnia dorsal grave me atirou para o ginásio. Hoje seria incapaz de viver sem o Pilates, o cardio e as longas caminhadas, que faço com muito mais facilidade. Sim as pessoas são estranhas, comparo-me às pessoas que deixam de fumar e depois perseguem quem fuma. É a mesma coisa, hoje não entendo as pessoas sedentárias, como eu fui.
Viva a sensação de: cansaço bom, realização numa poça de suor e dores musculares severas.
Comecei com muita resistência à coisa, confesso que, apesar de não ser completamente sedentária, não tinha a aptidão física de outros tempos.
Quem me conhece sabe que sempre fui uma rapariga de grandes e rijas carnes, o que se chama cá na terra uma rapariga mociça, vejo-me como uma espécie de padeira de Aljubarrota. Não foi a pensar ser a Sara Sampaio que comecei a fazer exercício físico, mas porque com 29 anos (talvez possa ter pesado a proximidade dos 30) estava a perder qualidade de vida e comecei a refletir sobre isso.
Tinha dores de costas terríveis, andava curvada e nas caminhadas no Geres fazia uma triste figura; ainda não sabia que tinha arranjado uma hérnia dorsal a pegar uma bacia de roupa molhada (daí as dores). Obriguei-me a fazer qualquer coisa para ganhar qualidade de vida, não bastava fazer dieta para perder peso, precisava de reforço muscular nas costas. Estava tramada pensei eu, Enganei-me!
Atualmente levanto-me às 6:00 da manhã para ir treinar, feliz da vida porque realmente o dia corre melhor.
Passados 18 meses de ginásio...
Fiz: várias aulas de Pilates, muito cardio, algum PT.
Trabalhei com: muita responsabilidade, perseverança, responsabilidade e determinação.
O que ganhei: flexibilidade (mais de 10 cm), massa muscular, autoconfiança, auto-estima, capacidade de sacrifício, energia, muitas dores musculares - das boas - e a postura de pivot de telejornal.
O perdi: massa gorda (cerca de 5%), pulsações por minuto (aproximadamente menos 20 por minuto), tensão arterial, muito volume e passividade.
Não perdi muito peso, porque o exercício físico dá fome, muita fome e ainda que tenha algum juízo não dá para muito...
Pode não ser muito, não seria capaz de fazer uma maratona nem um trail, mas cada um tem as suas conquistas. Estas são as minhas, estou orgulhosa e quero mais :)
Devo isto a mim e só a mim, mas se não fossem os médicos baterem-me na cabeça à força toda, o Vicente a dar o exemplo e o Professor Mota a picar-me era tudo mais difícil, muito mais difícil.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
O que se pode fazer com 13 ou 21 euros num mês?
Recentemente ponderei o que poderia fazer com um montante entre 13 e 21 euros por mês.
Não posso:
- Pagar a conta de eletricidade;
- Comer fora mais do que duas refeições (se considerarmos um prato económico);
- Pagar a mensalidade do ginásio;
- Comprar uma botija de gás;
- Pagar a medicação de um mês;
- Ir a uma consulta fora do SNS;
- Comprar um livro escolar;
- etc.
Posso:
- Comprar um livro (em segunda mão ou numa qualquer promoção);
- Comprar um CD;
- Comprar 3 cuecas;
- Um ramo de flores;
- Dois quilos de carne (preço médio, há mais barata e mais cara);
- POSSO GARANTIR QUE UMA CRIANÇA RECEBE ALIMENTAÇÃO, ASSISTÊNCIA MÉDICA E EDUCAÇÃO, num país em desenvolvimento faz-se muito com o nosso pouco...
Há algum tempo tive contacto com a HELPO e decidi ajudar uma menina africana (neste caso dos PALOP) a ir à escola. Uma menina, porque entendo que nestes contextos elas têm a vida mais dificultada; nestes países porque cada português tem, pela nossa história de exploração e escravatura, a obrigação moral de ajudar a restaurar as nações que não ajudou a criar de forma sólida e sustentável.
Obviamente verifiquei toda a informação da ONG HELPO, perguntei a pessoas que já conheciam, pareceu-me tudo muito sério. Já que quem me rodeia levantou sempre a questão do "Vê lá se não te enganam e depois ficam com o dinheiro...". Além disso, temos como verificar se a criança está efectivamente a ser ajudada; além de que me costumo reger pelo princípio da boa fé.
Claro que podia gastar esse dinheiro em outras coisas, mas com toda a certeza não seria tão bem investido :)
Não posso:
- Pagar a conta de eletricidade;
- Comer fora mais do que duas refeições (se considerarmos um prato económico);
- Pagar a mensalidade do ginásio;
- Comprar uma botija de gás;
- Pagar a medicação de um mês;
- Ir a uma consulta fora do SNS;
- Comprar um livro escolar;
- etc.
Posso:
- Comprar um livro (em segunda mão ou numa qualquer promoção);
- Comprar um CD;
- Comprar 3 cuecas;
- Um ramo de flores;
- Dois quilos de carne (preço médio, há mais barata e mais cara);
- POSSO GARANTIR QUE UMA CRIANÇA RECEBE ALIMENTAÇÃO, ASSISTÊNCIA MÉDICA E EDUCAÇÃO, num país em desenvolvimento faz-se muito com o nosso pouco...
Há algum tempo tive contacto com a HELPO e decidi ajudar uma menina africana (neste caso dos PALOP) a ir à escola. Uma menina, porque entendo que nestes contextos elas têm a vida mais dificultada; nestes países porque cada português tem, pela nossa história de exploração e escravatura, a obrigação moral de ajudar a restaurar as nações que não ajudou a criar de forma sólida e sustentável.
Obviamente verifiquei toda a informação da ONG HELPO, perguntei a pessoas que já conheciam, pareceu-me tudo muito sério. Já que quem me rodeia levantou sempre a questão do "Vê lá se não te enganam e depois ficam com o dinheiro...". Além disso, temos como verificar se a criança está efectivamente a ser ajudada; além de que me costumo reger pelo princípio da boa fé.
Claro que podia gastar esse dinheiro em outras coisas, mas com toda a certeza não seria tão bem investido :)
sábado, 25 de julho de 2015
Hoje não te posso dar os parabéns...
Hoje pela primeira vez desde 1999/2000 não te posso dar os parabéns. Apenas porque é o teu primeiro aniversário depois de desapareceres.
Farias hoje 31 anos, são poucas as horas que separam os nossos nascimentos e algures entre 1999 e 2014 descobrimos que foi na mesma maternidade! Em 15 anos de convivência foste meu colega de turma, meu amigo e meu aluno; foi sem dúvida a coisa mais sui generis que me aconteceu, ligares-me a dizer "Acho que vais ser minha professora de Análise.".
Vimo-nos crescer, tu deixaste de ser um rapaz muito tímido e introvertido; eu deixei de ser aquela rapariga que só gostava de futebol e matrecos. Vi a tua mudança radical na forma como vivias e encaravas a vida no 11º ano, porque as circunstâncias mudaram e tu percebeste que a vida tem de ser vivida. Foi o melhor que fizeste.
Eu fui pra Braga e tu para o Porto, mas não perdemos o contacto e haviam sempre fins de tarde de Verão passados numa esplanada.
Foste sempre bondoso até ao fim, solidário e genuinamente adorável, das melhores pessoas que conheci. Nunca tentaste tirar partido das circunstâncias que te podiam ser favoráveis e conseguiste ser um aluno muito bom e um ótimo colega.
Admiro-te por teres lutado, por teres tentado proteger quem te rodeava, merecias uma homenagem mais digna. Porque contigo aprendi que a vida tem de ser vivida, que não devemos adiar cafés e chás, e que não basta lutar, tu lutaste muito, lutaste tudo, mas nem todos sobrevivem.
Ainda assim valeu a pena lutares, porque venceste batalhas, ganhaste anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos. Na realidade quem realmente perdeu foram os que rodeavam.
Esta é a minha forma de te dar os PARABÉNS!
Farias hoje 31 anos, são poucas as horas que separam os nossos nascimentos e algures entre 1999 e 2014 descobrimos que foi na mesma maternidade! Em 15 anos de convivência foste meu colega de turma, meu amigo e meu aluno; foi sem dúvida a coisa mais sui generis que me aconteceu, ligares-me a dizer "Acho que vais ser minha professora de Análise.".
Vimo-nos crescer, tu deixaste de ser um rapaz muito tímido e introvertido; eu deixei de ser aquela rapariga que só gostava de futebol e matrecos. Vi a tua mudança radical na forma como vivias e encaravas a vida no 11º ano, porque as circunstâncias mudaram e tu percebeste que a vida tem de ser vivida. Foi o melhor que fizeste.
Eu fui pra Braga e tu para o Porto, mas não perdemos o contacto e haviam sempre fins de tarde de Verão passados numa esplanada.
Foste sempre bondoso até ao fim, solidário e genuinamente adorável, das melhores pessoas que conheci. Nunca tentaste tirar partido das circunstâncias que te podiam ser favoráveis e conseguiste ser um aluno muito bom e um ótimo colega.
Admiro-te por teres lutado, por teres tentado proteger quem te rodeava, merecias uma homenagem mais digna. Porque contigo aprendi que a vida tem de ser vivida, que não devemos adiar cafés e chás, e que não basta lutar, tu lutaste muito, lutaste tudo, mas nem todos sobrevivem.
Ainda assim valeu a pena lutares, porque venceste batalhas, ganhaste anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos. Na realidade quem realmente perdeu foram os que rodeavam.
Esta é a minha forma de te dar os PARABÉNS!
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Ser madrinha...
Desde 4 de outubro de 2014 que sou madrinha, sem ser mãe. Não sou mãe (ainda) mas tenho um afilhado e isso é fabuloso, poder acompanhar de perto uma criança e aproveitar para fazer um campo de treino para a maternidade, é espetacular.
Tenho 30 anos e um afilhado, mas também sou afilhada. A minha madrinha tem um papel muito importante na minha vida, vivi toda a minha vida ao lado dela (somos vizinhas). É uma pessoa com quem posso contar, que se preocupa comigo e com quem me preocupo. Preocupou-se com a minha educação, fez parte dela e dizia sempre para ter juízo, ri-se dos meus disparates e ouve as minhas preocupações. Passo todos os Natais em casa dela, mas está presente todo o ano e toda a minha vida. Será, juntamente com o meu padrinho, minha madrinha de casamento. Por tudo isto encaro este papel com seriedade e compromisso.
Como tudo isto começou: tenho uma amiga desde os 15 anos que foi mãe um belo rapaz, decidiram batizar a criança, pelo que recebo uma mensagem para falarmos sobre o meu papel no batizado. Pensei que ia ler e já estava toda contente, até que o Vicente me diz "Deve ser para seres madrinha."; ao que respondi, em pânico, "Achas?!". E sim, estava certo. Fiquei radiante com a intimação para esse papel!
Nos últimos tempos tem-se assistido a uma "moda" de os padrinhos serem os tios e as tias, mas neste caso (ainda bem para mim) a opção foi diferente . O meu afilhado tem tios e tias, que têm o seu papel definido na vida do meu afilhado, também juntou a madrinha e respetiva família e o padrinho e respetiva família. Tem portanto um rede muito alargada de pessoas que podem ajudar e partilhar o seu crescimento.
Ser Madrinha (godmother) é formalmente ser mãe perante Deus, mas mais do isso é sermos escolhidas para sermos uma ajuda para a mãe em tempos difíceis e uma espetadora da felicidade em tempos alegres. Tento estar com o meu afilhado sempre que possível, atrapalhar na hora do banho, fazer-lhe um risoto de vez em quando e deixar que me babe com beijos.
Espero que durante esta jornada educativa não estrague o que os pais fazem, óbvio que tenho de estragar um bocadinho. Mas vou tentar não me deixar levar pelos olhos azuis, as bochechas rosadas e a cara de calimero, e assim fazer um bom trabalho. Tentarei fazer o melhor possível enquanto madrinha, para conseguir educar o meu querido afilhado da melhor forma.
Enquanto boa madrinha tenho fotos do meu afilhado no meu telemóvel que mostro com orgulho, o meu protetor de ecrã é uma foto dele mascarado de sapo no Carnaval, digo orgulhosamente o meu afilhado é o mais bonito do mundo e no dia que me chamar madrinha (ainda não tem 2 anos) será um dia de euforia! Se ser avó é ser mãe com açúcar, ser madrinha é o quê? Ser mãe com calda de açúcar :)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
A careca de Laura Ferreira
Estou indignada com o que se tem dito e escrito sobre a Sra Laura Ferreira, apenas por ter aparecido em público sem temer a sua condição de doente oncológica. O que mais me chateia é isto ser sequer assunto de capa.
Pensava que era do conhecimento geral que a esposa do Primeiro Ministro estava com problemas de saúde, achava que já se tinha falado demais sobre os problemas oncológicos da senhora no último ano. Nunca me pareceu que os próprios quisessem explorar a condição da Senhora, sempre foram muitos discretos, até porque há muito mais do que falar na política portuguesa e europeia.
Achei que todos foram sempre pouco simpáticos e cordeais com a situação da vida pessoal desta família, independentemente da cor política, acho isto lamentável. As pessoas sofrem, são humanas, especialmente o português comum tem-se portado mal quando fala sobre o assunto; estamos todos a sofrer mas não se deseja mal a ninguém.
Foram recatados e tentaram resguardar a sua privacidade, as pessoas não se podem, nem devem esconder. Agora SÓ porque apareceu careca a senhora e o seu marido são apontados, por isto e por aquilo. E se tivesse aparecido com californianas o que diriam?!
Facto é, a Sra. Laura tem cancro e tal como outras mulheres e homens, assume a sua careca e todas as outras consequências de quem sofre com deste flagelo transversal. Eu, como todas as pessoas, conheço e convivo com pessoas que sobreviveram ao cancro, que tentam sobreviver e que não sobreviveram a esta doença que consome todos os que estão doentes e os que os rodeiam.
Penso que já basta de tanto falatório, esta família e os seus amigos, têm o direito de viver a sua vida. Optou por não usar peruca, qual é o problema?! Como mulher imagino (ainda que a minha imaginação não consiga jamais alcançar tal provação) que não seja fácil lidar com tudo isto, mas é preciso andar para a frente e agarrar o touro pelos cornos, foi o que ela fez. Tem os no sítio e está com certeza pronta para a atirar isto tudo para trás das costas, porque está mais preocupada em sobreviver.
A senhora esteve demasiado tempo sem acompanhar o marido e agora que o pode fazer não se deve esconder (até porque a concorrência deve ser feroz), além de ter uma filha pequena a quem tem de explicar tudo o que está a acontecer. É uma mulher normal, deixem a senhora ser o que é. Força nisso, Laura!
E que bonita que está...
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Os Exames Nacionais...
Hoje escrevo como Professora de Matemática, alguém ao longo de 8 anos de profissão se esforçou sempre por ensinar, que só este ano letivo mandou cerca de 20 alunos a Exame Nacional. Decidi por isso partilhar algumas reflexões sobre o assunto.
Qual o objetivo dos exames nacionais?!
Esta é a pergunta que ainda hoje me faço. No 12º ano parece-me óbvio, lógico e acertado é o acesso ao ensino superior. Numa tentativa de garantir a tal "igualdade e acesso" consagrada na constituição. Todos (pelos menos os que estão profissionalmente ligados à educação) sabem que há várias formas de aceder ao ensino superior e de mascarar notas para facilitar entradas, o ministério descobriu isso este ano depois de um estudo feito, divulgado este ano letivo.
Em todos os outros ciclos de ensino (1º, 2º e 3º ciclos) parece-me um exagero todo o ênfase dado aos resultados dos exames nacionais, especialmente no 4º e 6º ano é horrível o que fazem às crianças. Chega a ser desumano ver aqueles pequenos sujeitos a estes níveis de pressão.
Penso que será uma tentativa de "homogeneizar" o ensino a nível nacional, ainda que me parece impossível. Também pode ser para alimentar os rankings e as ideias neoliberais de educação, com vista à catalogação das escolas (não existissem já preconceitos suficientes dentro das escolas).
Ainda que sendo Professora de Matemática, tendo a odiar esta medida cega, feita por 2/3 horas de uma prova, cujos critério de correcção são discutíveis. Prova com claros objetivos políticos, que seguem uma linha ideológica.
Todos os professores sabem, a maioria assume sem qualquer problema, que em ano de eleições as provas são mais fáceis. Todos os professores de Matemática sabem que as provas de Matemática desta legislatura foram as mais difíceis de todos os tempos, sendo em alguns exercícios de um grau de dificuldade absolutamente despropositado, sabemos e prevíamos isto porque todos lemos o que o Crato escreveu, conhecemos a sua linha ideologia de rigor e exigência, que cego pelo poder agravou e mostrou isso ao mundo, da pior forma.
Este ano não foi exceção, aquando da datas das provas todas as vozes foram unanimidades a dizer que as provas tinham sido bem mais fáceis que nos outros anos; os resultados não foram melhores, porque assistimos a uma sangria desatada na alteração de critérios ao longo do processo de correção, alterações que na sua maioria (exceção feita ao 4º ano) prejudicaram muito os alunos.
Onde está a justiça disto tudo?! Em lugar nenhum. A nota de uma aluno que tenha feito exame em 2008 não pode ser comparada com a nota de um aluno que fez exame de 2013, portanto não existe igualdade neste processo. Esta linha ideológica só serve para aumentar o sentimento de injustiça, que os alunos já foram acumulando ao longo do seu precurso escolar. Este ano será o ano em que alunos ficaram baralhados com os resultados, por até lhes correu bem, mas a nota não corresponde(rá). Qual é o objetivo?! O que aprendem com isso?! Nada. Agudizará a resistência à disciplina, o sentimento de injustiça e baralha toda a gente.
Os exames não mostram o que alunos sabem, são ou sabem fazer; mede apenas um conjunto de habilidades que alguém define - aqueles alguéns que muitas vezes não fazem ideia da realidade da sala de aula dos anos que legislam, que não dão aulas, nem nunca deram e de certo modo até temem ter de dar, e mesmo os que deram era preferível que nunca o tivessem feito.
Sou daquelas pessoas que quando o Sr Ministro Nuno Crato foi anunciado como Ministro da Educação ficou sinceramente feliz, até eufórica. Admirava o seu rigor, o que escrevia sobre ensino da Matemática ia de encontro ao que penso, tenho até vários livros dele que lia com entusiasmo. Neste momento, anseio que desapareça daquela cadeira. Gostava de lhe pedir satisfações sobre as alterações feitas ao programa e por em causa os seus objetivos, gostava de lhe puxar as orelhas e dizer estiveste mal e desiludiste-me, tal como um professor desilude um aluno...
Nota:
Rankings coisa absurda, irreal e mal estruturada. Não percebo, nunca perceberei, como se comparam os resultados de uma escola de um meio privilegiado, com uma escola de um meio desfavorecido. Não têm os mesmo meios, os mesmo objetivos e ainda menos o mesmo contexto social. A variabilidade não deveria ser castrada com a ditadura da medida e dos resultados, somos um país pequeno mas com realidades muito diferentes, penso que isso deveria ser respeitado. Vejo escolas públicas com campanhas de marketing, que olham os alunos e encarregados de educação como clientes; que os compram com promessas de boas notas, publicitam o lugar no ranking e o facilitismo, lei da oferta e da procura a famosa mercantilização do ensino.
terça-feira, 30 de junho de 2015
O terrorismo do lado de cá, faz-se pelo Euro!
Enquanto uns tentam sobreviver do outro lado do Mediterrâneo, os deste lado fazem o mesmo, ainda que numa situação bem diferente. A Europa está absorvida pelos seus problemas internos, que são proporcionais ao dinheiro que os interesses instalados aqui investiram.
Não entendo como não se ajuda a Grécia, bastava imprimirem mais notas! Nós os preguiçosos do Sul da Europa, que só apanhamos sol e bebemos cerveja nas esplanadas, somos os culpados pelos males da Europa?! Acho que não, verdade é que a Merkel consegui pela força do Euro o que nem Hitler consegui pela força das armas, subjugar a Europa. Foi-nos vendida a ilusão de que poderíamos sustentar o marco, que poderíamos pagar todos na mesma moeda, mas não podemos.
Eu estou com a Grécia, desde 2000 (e pouco) que a Alemanha está sempre com a pata em cima de todos, até o Holland parece o animal doméstico da Chanceler. Não fosse o ruído dos ingleses e a força dos gregos (que também são 10 000 000 como nós) e estariam todos na nossa ridícula posição de orgulhosamente vendidos; vendidos em partes aos: alemães, russos, chineses, sul americanos e angolanos. Vejo, não muito longe, o fim da Europa como foi idealizada. Na realidade ninguém ajuda ninguém, todos zelam pelos seus interesses, alguns exemplos:
Eu estou com a Grécia, desde 2000 (e pouco) que a Alemanha está sempre com a pata em cima de todos, até o Holland parece o animal doméstico da Chanceler. Não fosse o ruído dos ingleses e a força dos gregos (que também são 10 000 000 como nós) e estariam todos na nossa ridícula posição de orgulhosamente vendidos; vendidos em partes aos: alemães, russos, chineses, sul americanos e angolanos. Vejo, não muito longe, o fim da Europa como foi idealizada. Na realidade ninguém ajuda ninguém, todos zelam pelos seus interesses, alguns exemplos:
1. A Alemanha foi o país europeu que mais lucrou com a crise, mas faz propaganda a dizer que está a ajudar. Financiando estados a juros absurdos, em troca da soberania dos países que "ajuda".
2. A Inglaterra não suporta o crescimento da emigração, parece-me que vai saltar fora; ainda que nunca tivesse alinhado na totalidade da ideia.
3. A Europa abriu a porta a países que nunca partilharam o ideal europeu, que não tem cultura europeia, que não são europeus. Vieram à procura da ilusão e da segurança social dos países mais ricos, invadiram tudo e aqui os temos.
[Nota: Ah! Sim, penso que países de leste ex-URSS não deviam fazer parte da UE porque nunca foram europeus; ai que já não sou de esquerda, quero lá saber penso o que penso, por isso não sou de nenhum partido.
[Nota: Ah! Sim, penso que países de leste ex-URSS não deviam fazer parte da UE porque nunca foram europeus; ai que já não sou de esquerda, quero lá saber penso o que penso, por isso não sou de nenhum partido.
Estou-me a contradizer?! Acho que não, devíamos ter sido mais seletivos, estamos a falar de uma comunidade de países que partilham ideais, que com os remendos e acrescentos feitos não partilham nada e são paus mandados. Podíamos ter ajudado a gerir, a estruturar e a educar na cultura europeia antes de metermos tudo cá para dentro; ou simplesmente esses países organizavam-se de outra forma com a ajuda da UE, não é por estarmos no mesmo continente que somos todos UE.]
Sim, o que fazem é Grécia é terrorismo (pelo dinheiro), na lógica nós "damos a receita, só continua sem funcionar porque a culpa é dos gregos que são preguiçosos", não são preguiçosos simplesmente não conseguem sustentar uma economia baseada na realidade alemã, tal como nós não conseguimos. A verdade é que a troika não sabe qual é a nossa realidade, não sabem o que é viver com salários baixos, eles gastam num jantar o que ganha um empregado fabril em um mês, é uma hipocrisia!
Basta olhar o rosto dos gregos (fotos) e percebemos que estão desesperados e ainda assim lutam pela sua dignidade, eles estão fartos. Estamos todos.
Os gregos têm a minha compreensão e atenção, mas têm também o meu apoio e a minha admiração. Sei que dificilmente mudará algo, mas há uma angariação popular para ajudar a Grécia se quiserem ajudar...
Sim, o que fazem é Grécia é terrorismo (pelo dinheiro), na lógica nós "damos a receita, só continua sem funcionar porque a culpa é dos gregos que são preguiçosos", não são preguiçosos simplesmente não conseguem sustentar uma economia baseada na realidade alemã, tal como nós não conseguimos. A verdade é que a troika não sabe qual é a nossa realidade, não sabem o que é viver com salários baixos, eles gastam num jantar o que ganha um empregado fabril em um mês, é uma hipocrisia!
Basta olhar o rosto dos gregos (fotos) e percebemos que estão desesperados e ainda assim lutam pela sua dignidade, eles estão fartos. Estamos todos.
Os gregos têm a minha compreensão e atenção, mas têm também o meu apoio e a minha admiração. Sei que dificilmente mudará algo, mas há uma angariação popular para ajudar a Grécia se quiserem ajudar...
Terrorismo: actos violentos praticados contra governo ou classe dominante (fonte: dicionário da Porto editora, 5ª edição, )
O lado certo do Mediterrâneo...
Nos últimos tempos tenho andado particularmente perturbada com a forma como o Homem coabita com os animais da mesma espécie. Apesar de adorar animais e estar habitualmente focada nos maus tratos aos animais domésticos, tem-me inquietado a forma como nos tratamos uns aos outros, enquanto habitantes do mesmo país, continente e planeta.
A ascensão do Homem enquanto espécie (muitos não se lembram, mas nem sempre fomos o topo da cadeia alimentar) e o nosso sucesso evolutivo deve-se essencialmente ao facto de estarmos organizados em sociedade e ao dedo polegar!
Porquê esta crise de consciência sobre a humanidade?! Será pelo êxodo dos emigrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo? Será pela forma como (não) tratamos os povos naturalmente desfavorecidos? Será pelo enxovalho a que tem sido sujeito o povo europeu, não alemão? É incontornável a responsabilidade dos Media nesta reflexão, mas culpo o tempo que tenho para pensar. Absorvida pelo quotidiano laboral, ficaria perturbada no momento, pensava nisso nas viagens de carro, mas não refletiria profundamente sobre o assunto.
Nós enquanto habitantes do ocidente industrializado, somos os grandes consumidores do mundo e responsáveis pelo aquecimento global - Sim, a China actualmente bate-nos aos pontos em todo o qualquer tipo de poluição e consumo, mas até nisso a culpa é nossa - o que fazemos para remediar isso, nada. Fala-se de globalização mas apenas no sentido económico e comercial da coisa, ou seja no lado mau.
Só agora que começamos a sentir o efeito climático da coisa, começou a ver-se alguma mudança de hábitos. Até estas notórias alterações climáticas e ao brilhante trabalho da educação, enquanto meio de sensibilização, ninguém queria saber e só quem tinha a mania é que evitava usar carro e fazia reciclagem. Na realidade os efeitos climáticos já são fortemente sentidos em vários pontos do mundo, especialmente nos pólos e nos países próximos à linha do Equador (fonte: Verdade inconveniente do Al Gore). Relacionando isso com outro tipo de notícias e documentários, penso que nós temos imensa culpa pela fome em África, simplesmente porque sujeitamos países (por exemplo: o Sudão) a uma situação climática que não lhes permite cultivar de forma a subsistirem. Como resultado disso temos conflitos, refugiados e pessoas que fogem da fome, logo temos responsabilidade em ajudá-los a superar um problema, que sendo deles, foi causado por nós.
Enquanto mulher, com forte instinto maternal, tento fazer o exercício de me colocar no lugar de uma mulher africana que se vê morrer à fome e aos seus filhos, que não consegue cultivar sequer uma erva porque o tempo oscila entre seca extrema e chuvas torrenciais. É totalmente intolerável, inimaginável e desesperante. Penso que essa situação atirava qualquer um para um barco insuflável a fugir de lá, porque eles de facto não têm alternativa, não procuram a Europa para andar de Mercedes, apenas lutam pela sobrevivência.
Acredito portanto que nós (países ocidentais, movidos por um consumismo insustentável) somos responsáveis pelos que passam fome, pelos fogem da guerra e pelos sofrem discriminação; nós criamos e alimentamos a ideia de que somos todos iguais, agora temos de fazer por isso, não basta falar.
Em tempos, demasiado, longínquos fomos solidários, cooperantes, colaborativos e não existiam raças algures nestes milhões de anos deixamos tudo isso se perdesse. Pensamos em nós, nos interesses financeiros dos nossos países, no petróleo para andarmos de carro, sem saber como chegou cá. Vamos continuar a viver como se aqui tão perto não se morresse pelos motivos mais estúpidos e fúteis; nós mulheres vamos viver como se a poucos quilómetros outras mulheres não fossem tratadas como o maior lixo da humanidade. É o mundo que temos, mas é isto que somos?!
terça-feira, 23 de junho de 2015
Hoje os meus alunos foram a exame...
Hoje é um dia especial, mandei os meus últimos alunos do ano para exame nacional (dito assim quase parece que os mandei para a guerra, não é bem isso...).
É um dia nostálgico, porque acabou o ciclo das avaliações e sei que tão cedo não lhes ponho em vista em cima, e no fundo eles gritam "freedom"! Especialmente, os do 12º ano, que para o ano vão bater com os costados no ensino superior, só quando precisarem de umas dicas é que aparecem outra vez. Alguns deles que conheço desde miúdos e que vi crescer, mesmo aqueles que ainda hoje me disseram "nunca mais tenho de estudar Matemática", serão sempre os meus meninos (mesmo que senhores doutores) porque partilhei angústias, ansiedades e frustrações; alegria, alívio e vitórias com eles. Aquelas coisas que fazem os professores, porque o sucesso dos alunos é o nosso sucesso.
Sei que, especialmente, nos anos de ensino secundário, fui uma fonte de stress, ansiedade e pressão. Mas também sei que todos sabem que podem contar comigo, mesmo que seja para levarem na cabeça; porque educar é isso, saber dizer não mais vezes do que sim, mas estar sempre lá para dizer "vai correr tudo bem". Fazer o que tem de ser feito e dizer o que tem de ser dito é difícil, porque é mais fácil ser-se fixe do que exigente. Não gosto quando me dizem que a malta tem medo de mim, mais até do que dos pais, que sou má; mas entendo que ser exigente e estar vigilante, pode ser reduzido a ser má.
Não consegui, com toda a certeza, fazer com que todos deixassem de olhar a Matemática como o bicho papão que no final do 12º ano nos vai tirar o sossego, não consegui que todos gostassem de mim. Mas nunca ninguém agradou a toda a gente, temos de viver com isso. [Uma próxima vez alongo-me numa reflexão sobre os exames nacionais.]
Espero ter ajudado todos, uns mais que outros porque nem tudo depende de mim, todos têm um lugar no meu pensamento e no meu coração, porque todos foram especiais. Sei que nem sempre sou a pessoa mais compreensiva e/ou afetuosa, talvez um mais tarde entendam que o que pretendo é preparar-vos para a vida, que é dura.
Quero que saibam que podem sempre contar comigo, que sabem onde passo a maior parte do meu tempo e podem aparecer. Que o resto da vida vos sorria, que se lembrem de mim com carinho e não como uma chata que obrigava a estudar.
PS: Sim Carolina, é aquele momento nostálgico do ano :)
É um dia nostálgico, porque acabou o ciclo das avaliações e sei que tão cedo não lhes ponho em vista em cima, e no fundo eles gritam "freedom"! Especialmente, os do 12º ano, que para o ano vão bater com os costados no ensino superior, só quando precisarem de umas dicas é que aparecem outra vez. Alguns deles que conheço desde miúdos e que vi crescer, mesmo aqueles que ainda hoje me disseram "nunca mais tenho de estudar Matemática", serão sempre os meus meninos (mesmo que senhores doutores) porque partilhei angústias, ansiedades e frustrações; alegria, alívio e vitórias com eles. Aquelas coisas que fazem os professores, porque o sucesso dos alunos é o nosso sucesso.
Sei que, especialmente, nos anos de ensino secundário, fui uma fonte de stress, ansiedade e pressão. Mas também sei que todos sabem que podem contar comigo, mesmo que seja para levarem na cabeça; porque educar é isso, saber dizer não mais vezes do que sim, mas estar sempre lá para dizer "vai correr tudo bem". Fazer o que tem de ser feito e dizer o que tem de ser dito é difícil, porque é mais fácil ser-se fixe do que exigente. Não gosto quando me dizem que a malta tem medo de mim, mais até do que dos pais, que sou má; mas entendo que ser exigente e estar vigilante, pode ser reduzido a ser má.
Não consegui, com toda a certeza, fazer com que todos deixassem de olhar a Matemática como o bicho papão que no final do 12º ano nos vai tirar o sossego, não consegui que todos gostassem de mim. Mas nunca ninguém agradou a toda a gente, temos de viver com isso. [Uma próxima vez alongo-me numa reflexão sobre os exames nacionais.]
Espero ter ajudado todos, uns mais que outros porque nem tudo depende de mim, todos têm um lugar no meu pensamento e no meu coração, porque todos foram especiais. Sei que nem sempre sou a pessoa mais compreensiva e/ou afetuosa, talvez um mais tarde entendam que o que pretendo é preparar-vos para a vida, que é dura.
Quero que saibam que podem sempre contar comigo, que sabem onde passo a maior parte do meu tempo e podem aparecer. Que o resto da vida vos sorria, que se lembrem de mim com carinho e não como uma chata que obrigava a estudar.
PS: Sim Carolina, é aquele momento nostálgico do ano :)
domingo, 14 de junho de 2015
Quando o EU se sobrepõe ao NÓS - a constatação do óbvio Cap. 3
3. Os Amigos
Também os amigos (suponho que alguns dos meus leiam) se perdem com o difundir desta triste e mortal epidemia.
Os meus amigos, junto com a metade da minha laranja, são a melhor parte de mim. Uma boa parte do pouco tempo livre que tenho é para eles, em grupos ou em particular estamos uns para os outros. A amizade cultiva-se, dá trabalho mas dá significado à vida em sociedade.
Ainda assim, há os que distanciam por circunstâncias da vida, raramente por ruturas, mas geralmente por comodidade. Quantos de nós não têm pessoas que em tempos julgaram amigas que deixaram de aparecer?! Ainda que tenham noção das partilhas anteriores, não hesitaram em mudar de pessoal só porque apareceram crianças, trabalhamos ao sábado, começamos a namorar, etc.
Esses não sabem o que perdem, quando pensamos no EU à frente do NÓS poucos são os amigos, dos verdadeiros, que resistem. Aqueles que nos visitam no hospital, que ligam só para saber como estamos, aquelas pessoas que se preocupam com o outro e sentem a falta, eu conheço alguns. São peças raras da minha coleção particular e que mereciam uma homenagem.
Os amigos são a família que escolhemos, os que têm o melhor de nós, porque damos sem esperar nada em troca. São os nossos amigos que nos fazem procurar um futuro melhor para todos, que despertam o melhor de nós e têm o nosso amor incondicional. Por eles devemos ser simpáticos, afáveis, civilizados e cuidadosos com estranhos, esses estranhos são amigos de alguém.
São os nossos amigos juntamente connosco fazem a nossa geração, eu quero que a minha geração marque. Marque pela diferença de comportamento, pela amabilidade e pela cooperação interpessoal.
Tu que deixas de aparecer, deixas de partilhar e passas a viver em função do ti próprio perdes todos os dias o melhor do mundo: A AMIZADE.
Até os publicitários já perceberam isso, nem que seja para um copo!
Como seria o mundo se o eu não se sobrepusesse ao nós sociedade, nós colegas de trabalho, nós consumidores e consumidos, nós amigos e nós família?! Um lugar estranho para uns e ideal para outros.
P.S.: experimentem por um dia alterar o vosso comportamento pelo bem estar do outro e reflitam sobre o que impacto que isso tem...
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Quando o EU se sobrepõe ao NÓS - a constatação do óbvio Cap. 2
2. As filas
Todas as filas, não vale a pena hierarquizar é igual. Seja farmácia ou hipermercado, médico ou casa de banho, vale tudo para avançar um lugar até tirar olhos...
Então se têm pouca ou nenhuma atividade além daquela é que é uma chatice, têm sempre pressa. As pessoas valorizam demasiado o tempo insignificante da sua vida, mais cinco menos cinco minutos está tudo bem, para acabar com o sofrimento é por o Goucha a gravar minha gente.
2.1. O supermercado
No supermercado adoro apreciar o momento em que abre uma caixa e o funcionário(a) tenta despertar o civismo das pessoas dizendo: "Podem passar para esta caixa, por ordem de chegada.". É fabuloso ver o Tuga correr para a caixa, sem querer saber a ordem e a desatar a atirar as compras para o tapete, adoráveis criaturas. Com ar de quem pensa "Eu é que sou fino. Está bem, está, ordem de chegada, vê como se faz."
Já experimentaram deixar alguém passar à frente numa caixa de supermercado?! Eu já, especialmente se têm poucas compras não os vou deixar a amargar as minhas longas compras do mês. Reparem na reação de espanto, perplexidade e desconfiança do visado. Podiam estar a olhar para um lince ibérico, mas não, apenas os deixamos passar à frente numa fila, coisa rara.
Então se têm pouca ou nenhuma atividade além daquela é que é uma chatice, têm sempre pressa. As pessoas valorizam demasiado o tempo insignificante da sua vida, mais cinco menos cinco minutos está tudo bem, para acabar com o sofrimento é por o Goucha a gravar minha gente.
2.1. O supermercado
No supermercado adoro apreciar o momento em que abre uma caixa e o funcionário(a) tenta despertar o civismo das pessoas dizendo: "Podem passar para esta caixa, por ordem de chegada.". É fabuloso ver o Tuga correr para a caixa, sem querer saber a ordem e a desatar a atirar as compras para o tapete, adoráveis criaturas. Com ar de quem pensa "Eu é que sou fino. Está bem, está, ordem de chegada, vê como se faz."
Já experimentaram deixar alguém passar à frente numa caixa de supermercado?! Eu já, especialmente se têm poucas compras não os vou deixar a amargar as minhas longas compras do mês. Reparem na reação de espanto, perplexidade e desconfiança do visado. Podiam estar a olhar para um lince ibérico, mas não, apenas os deixamos passar à frente numa fila, coisa rara.
2.2. Casa de banho
[Sub-capítulo particularmente sensível para mim, porque os meus rins não me dão descanso]
Tenho muita experiência em aflição na hora da libertação de água (ainda que nenhuma história embaraçosa). Podemos estar muito aflitas ninguém deixa passar à frente, não importa de que tipologia (criança, idosa, grávida ou insuficiente renal) ninguém passa.
Também já dei prioridade e recebi um grande obrigado, como um olhar sinceramente grato de quem olha e vê uma ave rara, o que nos faz ganhar o dia.
2.3. As filas longitudinais
Estas filas são aquelas que se estendem em passeio pedestres, corredores, passadeiras, ciclovias, etc.. Pessoas que ocupam a passagem sem quererem saber de quem vem em sentido contrário ou no mesmo sentido em passo mais rápido, vai tudo um pelotão como se fossem fazer um arrastão.
Se pedimos licença e a cedem vai carga e ombro e um "Parece que estás com pressa." num tom de quem procura problemas. Reflexo do egocentrismo e necessidade de afirmação pela ocupação de espaço de passagem, isso tem um nome: falta de civismo.
Se pedimos licença e a cedem vai carga e ombro e um "Parece que estás com pressa." num tom de quem procura problemas. Reflexo do egocentrismo e necessidade de afirmação pela ocupação de espaço de passagem, isso tem um nome: falta de civismo.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Quando o EU se sobrepõe ao NÓS - a constatação do óbvio. Cap. 1
Tenho a minha teoria sobre a origem do que denomino da "epidemia egocêntrica" que domina a nossa sociedade, mesmo que cientifica e estatisticamente seja irrelevante, penso desenvolver este pensamento na Parte II deste assunto.
Onde podemos constatar o egocentrismo da sociedade em geral?! A resposta é: em todo o lado.
Passo a enumerar alguns exemplos (1 por dia):
Capítulo 1: O trânsito
[Pessoalmente odeio conduzir, o meu carro é um vaivém do ponto A ao ponto B, escrever uma frase onde existam as palavras condução e diversão em simultâneo não é possível para mim.]
O trânsito é o melhor local para constatar que cada um tem uma única preocupação EU, os outros que se lixem. Alguns exemplos disso são:
1.1. Os estacionamentos abusivos
Onde podemos constatar o egocentrismo da sociedade em geral?! A resposta é: em todo o lado.
Passo a enumerar alguns exemplos (1 por dia):
Capítulo 1: O trânsito
[Pessoalmente odeio conduzir, o meu carro é um vaivém do ponto A ao ponto B, escrever uma frase onde existam as palavras condução e diversão em simultâneo não é possível para mim.]
O trânsito é o melhor local para constatar que cada um tem uma única preocupação EU, os outros que se lixem. Alguns exemplos disso são:
1.1. Os estacionamentos abusivos
A polícia não multa então toca a estacionar: na faixa de rodagem, no passeio, na porta das pessoas e vai de ligar os quatro piscas que tomar o pequeno-almoço em sítio onde se veja e se mostre o carro é uma urgência. O que é o civismo para essas pessoas, um capítulo de estudo do meio no programa de quarto e já vão com sorte, depois disso vale tudo!
Outro sintoma que se pode observar no sub-capítulo estacionamento é estacionar a ocupar 2 lugares, normal não se vai estar a manobrar para que alguém que vem depois consiga estacionar, importante é sair à vontade.
Impera o desenrasque sem olhar a quê, nem a quem.
1.2.Cruzamentos e rotundas
Podemos constatar o pensamento geral de "Atiro-me e não acelero, quem não quiser bater que trave, se não está bem passe por cima.". O que chamar a estas pessoas?! Sei, mas não digo.
Assinalar a mudança de direção usando o pisca, isso é para fraquinhos. Gasta bateria e quem quiser que adivinhe, porque abrandei, travei e quase parei para virar mas dar pisca quero lá saber!
Resumo do capítulo 1 devia repensar-se o acesso à carta de condução, o carro é uma arma mortífera é preciso ser-se mais rigoroso na sua atribuição. Tal como para votar (isso fica para a próxima), fazer psicotécnicos e umas aulas rígidas de civismo é o mínimo, senão desgraçamos a vida uns dos outros.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
As mulheres e a escravidão do aspecto físico…
Socialmente é exigido às mulheres que satisfaçam determinados parâmetros físicos, independentemente dos sacrifícios que isso implique. Caso não obedeçam ao que está instituído são adjectivadas de várias formas, normalmente nada simpáticas. Sim é machismo e nós compactuamos…
Dada a correria a que tenho assistido ao ginásio, aos nutricionais e às esteticistas nesta época do ano; apeteceu-me escrever sobre isto.
Na minha experiência pessoal, de mulher volumosa e voluptuosa - que gosta de comer e sabe cozinhar - sofro com os pequenos prazeres da gula, porque ficam 5 minutos na boca e uma vida na anca. Não bastasse ser um pecado mortal, coisa que não me tira um segundo de sossego, ainda tenho de olhar para ele todos os dias.
A cultura da magreza em detrimento da saúde deixa-me perplexa. Passo a explicar o meu ponto de vista, por pontos.
Comida:
Não devemos viver obstinadas por sermos magras, mas por sermos saudáveis. Da minha parte, faço uma dieta saudável e equilibrada, com base em produtos locais e sazonais, pobre em sódio, potássio e fósforo (para poupar os meus débeis rins). Só luto para controlar as quantidades ingeridas, porque sou uma bela cozinheira e não me facilito a vida.
Exercício Físico:
Faço-o todo o ano porque me sinto melhor, diminuí a dores musculo esqueléticas, aumentei a auto estima e, feito pela manhã, mantém-me bem-disposta o resto do dia. Não há milagres, não esperem entrar no dia 1 de Março para o ginásio como a Moby-Dick e sair no 1 de Julho como a Sara Sampaio. Eu prefiro ter resultados todo o ano, não apenas rebentar-me em três meses, para em Outubro estar tudo perdido.
Estética e tratamentos:
Faço o que é necessário para estar apresentável - pois trabalho com pessoas e a apresentação conta – e sentir-me melhor, mais leve e menos cansada (recomendo massagens drenantes todo o ano). Não esperem que umas máquinas, umas massagens e uns cremes façam em meses o que vocês não fizeram a vida toda. A gravidade causa danos irreparáveis, devemos tentar evitá-los, uma vez instalados temos de nos conformar e viver com isso!
Ah, para nada disto o tabaco ajuda, se não deixaram de fumar por temerem o cancro, deixem por temer envelhecer.
Sempre fui uma rapariga de avantajadas dimensões, ainda que proporcional, seria um expoente máximo de beleza num século longínquo, mas no século XXI não será bem assim. Sofro com isso?! Na maioria do tempo não, mas uns minutos por ano (especialmente a primeira vez de biquíni) sim.
Por tudo isto, tenham um estilo de vida saudável, tenham um Índice de Massa Corporal (IMC) que vos dê saúde, mobilidade e auto-estima. Façam o que têm a fazer para estarem felizes e se sentirem realizadas, porque também não estamos bem quando o invólucro não nos agrada. Normalmente a genética e o metabolismo não ajudam e a maioria das pessoas que dizem que não faz nada e é magra, mente… Não façam promessas aos santinhos, mexam-se pela vossa saúde.
Nota: Não sou nada feia, sou bastante sexy e um dia, assim o permita a gravidade, terei um corpo sem partes gelatinosas. Mas não será de Março para Julho, certamente.
Dada a correria a que tenho assistido ao ginásio, aos nutricionais e às esteticistas nesta época do ano; apeteceu-me escrever sobre isto.
Na minha experiência pessoal, de mulher volumosa e voluptuosa - que gosta de comer e sabe cozinhar - sofro com os pequenos prazeres da gula, porque ficam 5 minutos na boca e uma vida na anca. Não bastasse ser um pecado mortal, coisa que não me tira um segundo de sossego, ainda tenho de olhar para ele todos os dias.
A cultura da magreza em detrimento da saúde deixa-me perplexa. Passo a explicar o meu ponto de vista, por pontos.
Comida:
Não devemos viver obstinadas por sermos magras, mas por sermos saudáveis. Da minha parte, faço uma dieta saudável e equilibrada, com base em produtos locais e sazonais, pobre em sódio, potássio e fósforo (para poupar os meus débeis rins). Só luto para controlar as quantidades ingeridas, porque sou uma bela cozinheira e não me facilito a vida.
Exercício Físico:
Faço-o todo o ano porque me sinto melhor, diminuí a dores musculo esqueléticas, aumentei a auto estima e, feito pela manhã, mantém-me bem-disposta o resto do dia. Não há milagres, não esperem entrar no dia 1 de Março para o ginásio como a Moby-Dick e sair no 1 de Julho como a Sara Sampaio. Eu prefiro ter resultados todo o ano, não apenas rebentar-me em três meses, para em Outubro estar tudo perdido.
Estética e tratamentos:
Faço o que é necessário para estar apresentável - pois trabalho com pessoas e a apresentação conta – e sentir-me melhor, mais leve e menos cansada (recomendo massagens drenantes todo o ano). Não esperem que umas máquinas, umas massagens e uns cremes façam em meses o que vocês não fizeram a vida toda. A gravidade causa danos irreparáveis, devemos tentar evitá-los, uma vez instalados temos de nos conformar e viver com isso!
Ah, para nada disto o tabaco ajuda, se não deixaram de fumar por temerem o cancro, deixem por temer envelhecer.
Sempre fui uma rapariga de avantajadas dimensões, ainda que proporcional, seria um expoente máximo de beleza num século longínquo, mas no século XXI não será bem assim. Sofro com isso?! Na maioria do tempo não, mas uns minutos por ano (especialmente a primeira vez de biquíni) sim.
Por tudo isto, tenham um estilo de vida saudável, tenham um Índice de Massa Corporal (IMC) que vos dê saúde, mobilidade e auto-estima. Façam o que têm a fazer para estarem felizes e se sentirem realizadas, porque também não estamos bem quando o invólucro não nos agrada. Normalmente a genética e o metabolismo não ajudam e a maioria das pessoas que dizem que não faz nada e é magra, mente… Não façam promessas aos santinhos, mexam-se pela vossa saúde.
Nota: Não sou nada feia, sou bastante sexy e um dia, assim o permita a gravidade, terei um corpo sem partes gelatinosas. Mas não será de Março para Julho, certamente.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
O que é feito da música de qualidade entre 2010 e 2015?
Entendi que o meu primeiro "artigo" depois desta pausa teria de ser sobre música.
O que aconteceu à boa música desde 2010 e até 2015? A minha resposta é NADA, além de Rodrigo Leão.
Chego a esta conclusão sempre que oiço rádio e odeio tudo; tento ouvir algo novo e acabo a limpar os ouvidos com os velhos clássicos de Radiohead e Portishead. Valha-me Rodrigo Leão que me faz delirar a cada nova composição, é um regalo aos sentidos e às emoções, tudo o resto é pouco menos que lixo.
Vá lá, entendam que nunca andei na onda comercial da coisa e a música má está em todo o lado; não há paciência! Todas as rádios nacionais passam a mesma música (má), mesmo a Antena 3 (em tempos alternativa) tem a mesma playlist de todos os outros. Temos a RUM mas não se apanha a nível nacional.
No outro dia, indo eu a caminho de Valença, constatei que tinha deixado a bolsa dos CD's em casa acabei a ouvir rádio. Estava a passar uma música muito má (felizmente não ocupei nem o bit com o nome dela) tentei mudar e para meu espanto estava a dar em três rádios diferente a mesma música, ao mesmo tempo. O que se passa?! Está tudo maluco?! Ou passam todos a mesma lista do spotify?!
Em 2010 ouvia Florence and the machine à força toda, que desde do Lungs nunca mais fez grande coisa. Tudo o resto que gostava à data praticamente não existe, sendo que La Roux até foi à queima de Braga. Maior desilusão dos últimos anos: Coldplay, como é possível venderem-se assim?! É uma frustração pensar que a banda que fez Scientist, acabou a cantar Paradise...
Hoje oiço Stromae mas tenho noção que não faz música para ficar na história, apenas uma pop engraçada, talvez por ser um francês tenha mais piada. O mesmo se aplica a Imagine Dragons, excepto a parte do francês.
A música hoje está como o cinema, só remakes ou adaptações…
Acabo este artigo com um apelo: mostrem-me boa música nova que desconheça. Mesmo boa, não apenas audível. Aquela que ouça e diga "Altamente!" e não apenas "Ouve-se bem!"
Ah, já conheço Lykke Li há anos, não é novo:)
Nota: O spotify é a melhor aplicação de sempre. Tem um leque super abrangente em qualidade e quantidade, é gratuita e com óptima qualidade de som!
Chego a esta conclusão sempre que oiço rádio e odeio tudo; tento ouvir algo novo e acabo a limpar os ouvidos com os velhos clássicos de Radiohead e Portishead. Valha-me Rodrigo Leão que me faz delirar a cada nova composição, é um regalo aos sentidos e às emoções, tudo o resto é pouco menos que lixo.
Vá lá, entendam que nunca andei na onda comercial da coisa e a música má está em todo o lado; não há paciência! Todas as rádios nacionais passam a mesma música (má), mesmo a Antena 3 (em tempos alternativa) tem a mesma playlist de todos os outros. Temos a RUM mas não se apanha a nível nacional.
No outro dia, indo eu a caminho de Valença, constatei que tinha deixado a bolsa dos CD's em casa acabei a ouvir rádio. Estava a passar uma música muito má (felizmente não ocupei nem o bit com o nome dela) tentei mudar e para meu espanto estava a dar em três rádios diferente a mesma música, ao mesmo tempo. O que se passa?! Está tudo maluco?! Ou passam todos a mesma lista do spotify?!
Em 2010 ouvia Florence and the machine à força toda, que desde do Lungs nunca mais fez grande coisa. Tudo o resto que gostava à data praticamente não existe, sendo que La Roux até foi à queima de Braga. Maior desilusão dos últimos anos: Coldplay, como é possível venderem-se assim?! É uma frustração pensar que a banda que fez Scientist, acabou a cantar Paradise...
Hoje oiço Stromae mas tenho noção que não faz música para ficar na história, apenas uma pop engraçada, talvez por ser um francês tenha mais piada. O mesmo se aplica a Imagine Dragons, excepto a parte do francês.
A música hoje está como o cinema, só remakes ou adaptações…
Acabo este artigo com um apelo: mostrem-me boa música nova que desconheça. Mesmo boa, não apenas audível. Aquela que ouça e diga "Altamente!" e não apenas "Ouve-se bem!"
Ah, já conheço Lykke Li há anos, não é novo:)
Nota: O spotify é a melhor aplicação de sempre. Tem um leque super abrangente em qualidade e quantidade, é gratuita e com óptima qualidade de som!
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Retomar do blog
Depois de anos sem escrever no meu blogue, decidi retomar esta atividade.
A minha opinião cada vez interessa menos, porque não faltam opiniões por aí. Vou retomar apenas porque sim, porque me apetece escrever coisas e estou farta das redes sociais.
O rumo que a minha vida tomou fez-me colocar esta atividade de lado, mas numa tentativa recuperar alguns interesses que já tive e tornavam a minha vida mais estimulante e com sentido retomo "O Blog da Ervilha".
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