Ultimamente dei por mim numa onda nostálgica e pensadora, principalmente porque estou a menos de um mês de completar 1/4 de século, e todos os planos que fiz a curto, médio e longo prazo parecem seguir um rumo que não é, de todo, o que eu tinha planeado e desejado para quando atingisse esta data.
Apesar de tudo, o balanço é satisfatório para celebrar isso, e para exorcizar maus pensamentos, decidi fazer um balanço exclusivamente positivo.Por isso, vou escrever sobre o melhor dos meus 25 anos. São as bodas de prata da minha felicidade...
sexta-feira, 3 de julho de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Casamentos entre pessoas do mesmo sexo
Agora, que todos (mesmo os que, como os padres, não casam) opinam e tomam posições sobre o tema, decidi também manifestar a minha opinião e voltar a reflectir sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Note-se que faço-o como leiga jurídica, e com a distância de alguém que não acredita muito no casamento.
Há já muito tempo que nada diferente do que deixar casar quem quer casar, faz sentido. Somos todos iguais, e mesmo que não fossemos, não é por isso que devemos ser tratados de forma diferente. Para quê negar a cidadãos normais o direito de serem iguais a todos os outros?
É disso que se trata viabilizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mais não é do que, garantir a igualdade de todos os cidadãos social e legalmente. Neste momento não somos todos iguais perante a lei, alguns podem casar, oficializar o que sentem e projectarem um futuro juntos. Outros podem apenas sonhar com isso e esperarem poder sair à rua sem serem incomodados por um qualquer homofóbico. Legalizar as relações entre pessoas do mesmo sexo é, acho, acima de tudo assumir ao país que elas existem e não são condenáveis, nem motivo para qualquer tipo de exclusão. Esta mudança na legislação seria sem dúvida um grande passo para a diminuição dos comportamentos homofóbicos.
Os que defendem o casamento como base da família suponho que são os mesmos que só fazem sexo com fins reprodutivos, e por isso não usam qualquer método contraceptivo...Ou ainda, quem disse que não podem haver famílias felizes independentemente do sexo dos cônjuges?!
As pessoas que acham que esta questão é um "fait-diver" para fugir a questões "realmente importantes", é fácil deixem todos casarem não se preocupem com o que se passa na casa dos outros e façam as vossas continhas. Tudo o que se quer, neste momento, é que na hora de decidir todos tenhamos as mesmas opções.
Casem, descasem mas acima sejam, TODOS, livres e felizes...
Há já muito tempo que nada diferente do que deixar casar quem quer casar, faz sentido. Somos todos iguais, e mesmo que não fossemos, não é por isso que devemos ser tratados de forma diferente. Para quê negar a cidadãos normais o direito de serem iguais a todos os outros?
É disso que se trata viabilizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mais não é do que, garantir a igualdade de todos os cidadãos social e legalmente. Neste momento não somos todos iguais perante a lei, alguns podem casar, oficializar o que sentem e projectarem um futuro juntos. Outros podem apenas sonhar com isso e esperarem poder sair à rua sem serem incomodados por um qualquer homofóbico. Legalizar as relações entre pessoas do mesmo sexo é, acho, acima de tudo assumir ao país que elas existem e não são condenáveis, nem motivo para qualquer tipo de exclusão. Esta mudança na legislação seria sem dúvida um grande passo para a diminuição dos comportamentos homofóbicos.
Os que defendem o casamento como base da família suponho que são os mesmos que só fazem sexo com fins reprodutivos, e por isso não usam qualquer método contraceptivo...Ou ainda, quem disse que não podem haver famílias felizes independentemente do sexo dos cônjuges?!
As pessoas que acham que esta questão é um "fait-diver" para fugir a questões "realmente importantes", é fácil deixem todos casarem não se preocupem com o que se passa na casa dos outros e façam as vossas continhas. Tudo o que se quer, neste momento, é que na hora de decidir todos tenhamos as mesmas opções.
Casem, descasem mas acima sejam, TODOS, livres e felizes...
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Ensaio sobre a cegueira, o filme
- Decidi escrever sobre este filme porque o vi recentemente, e foi uma experiência inesquecível/esmagadora, além disso ainda não li nada que fizesse jus ao que vi e achei do filme.
Aqui fica uma pequena recordação
A história é relativamente simples, há uma epidemia de "cegueira branca" altamente contagiosa e desconhecida, os doentes contaminados são isolados e postos de quarentena num asilo, junto com os doentes está a esposa com um deles (médico oftalmologista) que não está cega (personagem magistralmente interpretada por Julianne Moore) é pelos olhos desta personagem que se "vê" tudo o que passa.
Depois de serem despejados no asilo os doentes tem de se organizar, distribuindo-se por alas e tendo de racionar as rações fornecidas, aos poucos são esquecidos e abandonados, excluídos de uma sociedade maior, criando eles próprios uma "micro-sociedade" sem lei nem liderança, uma anarquia, é sem dúvida um filme altamente político e com um enorme sentido social.
Lá, como na nossa sociedade, há sempre alguém que tenta beneficiar dessa situação precária tentando obter lucro monetário e favores (nomeadamente sexuais). Sendo isto o que torna o filme realmente dramático, a luta pela sobrevivência contra pessoas sem escrúpulos e qualquer sentido de sociedade ou moral (algo sempre actual e incrivelmente real).
Todo o filme faz lembrar acontecimento reais como holocausto/campos de concentração e mais recentemente o Katrina, e o modo como a população da cidade de Nova Orleães foi tratada.
É um filme incrivelmente violento pela sua realidade implícita, e explicita, deixando para último plano a cegueira (como doença, estado do que perde a vista) tão polémica por "Terras do Tio Sam", só alguém socialmente hipócrita e falsamente moralista se foca na cegueira perante um filme com tanto para ensinar.
O Ensaio sobre a Cegueira (filme) vem colmatar uma grande lacuna para os que, como eu, gostam de ler e sentem que a genialidade de Saramago está para além da nossa leiga compreensão, depois deste filme ficasse com vontade de dar mais uma oportunidade à obra escrita, já que a história do filme é tão envolvente que o livro tem mesmo de ser uma obra fabulosa.
http://www.ensaiosobreacegueirafilme.com.br
Uma pequena amostra e o site oficial do filme, que tem notas de muito interesse.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
O que diz Sócrates...Em ano de eleições (em entrevista à SIC a 05/01/2009)
Uma das coisas que muito me interessa, posso dizer mesmo que está no top 10 das coisas que mais me interessam, é a política porque dela depende o meu futuro. Por isso não posso deixar passar em branco a entrevista feita a José Sócrates por Ricardo Costa e José Gomes Ferreira, transmitida pela SIC.
Não serão os procedentes que esta quezília levanta mais graves que a própria questão em si?
Mas podemos estar tranquilos porque todos os investimentos previstos são "lucrativos", lucros garantidos pelos estudos feitos pela Universidade de Coimbra, instituição de inquestionável fiabilidade, mas se os estudos fossem uma base sólida para os investimentos não estaríamos a passar por esta situação economicamente tão frágil. Resta-nos esperar que os lideres políticos recorram a videntes, porque a fé nas previsões dos economista já era...
Temos o BPN nacionalizado, com o dinheiro de todos nós, mas se me perguntassem se eu quero um banco eu dizia que NÃO, prefiro que baixem as propinas (garantindo assim uma igualdade de acesso ao ensino, como vem na Constituição) e façam os (ir)responsáveis responderem pelos seus erros.
No que concerne à salvação das empresas estabelecidas em território nacional a acção do governo parece-me plenamente justificada nesta entrevista. Através da salvação dos postos de trabalho, e por isso pessoas, e importações (importantes para o equilíbrio financeiro) garantidos por empresas "saudáveis e competitivas".
Este Governo foi dos que mais mudou o Ensino em Portugal com ele vieram:
-As aulas de substituição, uma estratégia falhada para ocupar os alunos, que pouco mais é que impedi-los de sair da sala de aula quando um professor falta;
-As, tão publicitadas, Novas Oportunidades que assumem proporções industriais na distribuição de diplomas. O que nos permite estar, estatisticamente, ao nível do melhor da UE em cerca de 3 anos, que é pouco mais que o necessário para concluir o Ensino Secundário.
Lamentável é que este Governo, tão visionário, não veja que a Educação é mais do que números são pessoas, é o futuro do país que cheio de diplomas continua a ser vazio de competências..
- A primeira entrevista de 2009 ao Primeiro Ministro português começou, como era esperado, pela polémica questão do estatuto dos Açores.
Não serão os procedentes que esta quezília levanta mais graves que a própria questão em si?
- Seguem-se os Investimentos/Obras Públicas, que me pareceu a parte menos esclarecedora de toda a entrevista.
Mas podemos estar tranquilos porque todos os investimentos previstos são "lucrativos", lucros garantidos pelos estudos feitos pela Universidade de Coimbra, instituição de inquestionável fiabilidade, mas se os estudos fossem uma base sólida para os investimentos não estaríamos a passar por esta situação economicamente tão frágil. Resta-nos esperar que os lideres políticos recorram a videntes, porque a fé nas previsões dos economista já era...
- A estas afirmações tinha de seguir-se a incontornável Crise da Banca, claramente mais acentuada na banca privada.
Temos o BPN nacionalizado, com o dinheiro de todos nós, mas se me perguntassem se eu quero um banco eu dizia que NÃO, prefiro que baixem as propinas (garantindo assim uma igualdade de acesso ao ensino, como vem na Constituição) e façam os (ir)responsáveis responderem pelos seus erros.
No que concerne à salvação das empresas estabelecidas em território nacional a acção do governo parece-me plenamente justificada nesta entrevista. Através da salvação dos postos de trabalho, e por isso pessoas, e importações (importantes para o equilíbrio financeiro) garantidos por empresas "saudáveis e competitivas".
- Last but not least temos o estado da Educação em Portugal.
Este Governo foi dos que mais mudou o Ensino em Portugal com ele vieram:
-As aulas de substituição, uma estratégia falhada para ocupar os alunos, que pouco mais é que impedi-los de sair da sala de aula quando um professor falta;
-As, tão publicitadas, Novas Oportunidades que assumem proporções industriais na distribuição de diplomas. O que nos permite estar, estatisticamente, ao nível do melhor da UE em cerca de 3 anos, que é pouco mais que o necessário para concluir o Ensino Secundário.
Lamentável é que este Governo, tão visionário, não veja que a Educação é mais do que números são pessoas, é o futuro do país que cheio de diplomas continua a ser vazio de competências..
- O Gran Finale vem com o pedido de maioria absoluta para as próximas eleições legislativas, o que é um cenário bastante provável, não por mérito do governo mas, principalmente, por falta de alternativa na oposição. Será assim José Sócrates como Primeiro Ministro por mais 4 anos um mal menor?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Rever 2008..O PIOR
O Pior de 2008..AS URGÊNCIAS

Sei que 2008 já acabou, e pensei mesmo escrever só do que foi bom, mas neste 2º dia de 2009 tenho de falar do que pior me aconteceu em 2008...
Foi-me guardado para o penúltimo dia de 2008 o meu primeiro contacto com os Serviços de Urgência (SU) portugueses, fiquei horrorizada com o que lá se passa.
Fui acompanhar uma pessoa, muito querida aos SU do Centro Hospitalar do Alto Minho (Viana do Castelo), note-se que até lá fiz o que recomendam, primeiro fomos ao Centro de Saúde de onde saí com uma carta para o SU e aí começou o caos...
Logo à chegada confrontei-me com uma arrogância sem limites das recepcionistas, que por estarem atrás de um vidro acham-se seres possuidores de uma inteligência superior, capazes de tratar pessoas debilitadas com desprezo notável e arrogância desmedida. Após esta recepção segui-se o famoso, e claramente ineficaz, sistema de triagem Manchester, onde a carta que trazíamos não foi sequer aberta, resultado a pessoa que acompanhava que tinha tensões altíssimas e um possível diagnóstico de AVC tem prioridade média, porque a Sr Ministra Ana Jorge só se preocupou em preparar os SU para o flagelo da gripe.
Porquê campanhas para travar a mortalidade e prevenir sequelas do AVC se as coisas não funcionam?
A segurança dos SU foi também testada durante a minha estadia, porque mais de 6 horas já é estadia, e verifiquei que para todo o SU tem UM segurança. O resultado foi ver o serviço invadido por um individuo que esvoaçou com tudo (portas, macas, aparelhos...) e instalou o caos, do qual resultou a perda de várias fichas, inclusive da pessoa que acompanhava (pelo menos foi esta a justificação para a demora de 6 horas no atendimento), que só aconteceu porque desesperei, com o medo de sequelas, e exigi explicações para o que estava a acontecer.
A cronologia dos acontecimentos foi:
17h38 (30/12) entrada no SU
00h32 (31/12) início dos testes para o diagnóstico
01h38 (31/12) diagnóstico feito.
Num momento em que o governo se preocupa em salvar bancos, para não prejudicar as grandes fortunas, deixa os contribuintes sedentos de cuidados médicos atirados para bancos de uma sala de espera (quando os há vagos) durante mais de 6 horas. Tudo isto é um claro incentivo ao recurso aos privados...
Sei que 2008 já acabou, e pensei mesmo escrever só do que foi bom, mas neste 2º dia de 2009 tenho de falar do que pior me aconteceu em 2008...
Foi-me guardado para o penúltimo dia de 2008 o meu primeiro contacto com os Serviços de Urgência (SU) portugueses, fiquei horrorizada com o que lá se passa.
Fui acompanhar uma pessoa, muito querida aos SU do Centro Hospitalar do Alto Minho (Viana do Castelo), note-se que até lá fiz o que recomendam, primeiro fomos ao Centro de Saúde de onde saí com uma carta para o SU e aí começou o caos...
Logo à chegada confrontei-me com uma arrogância sem limites das recepcionistas, que por estarem atrás de um vidro acham-se seres possuidores de uma inteligência superior, capazes de tratar pessoas debilitadas com desprezo notável e arrogância desmedida. Após esta recepção segui-se o famoso, e claramente ineficaz, sistema de triagem Manchester, onde a carta que trazíamos não foi sequer aberta, resultado a pessoa que acompanhava que tinha tensões altíssimas e um possível diagnóstico de AVC tem prioridade média, porque a Sr Ministra Ana Jorge só se preocupou em preparar os SU para o flagelo da gripe.
Porquê campanhas para travar a mortalidade e prevenir sequelas do AVC se as coisas não funcionam?
A segurança dos SU foi também testada durante a minha estadia, porque mais de 6 horas já é estadia, e verifiquei que para todo o SU tem UM segurança. O resultado foi ver o serviço invadido por um individuo que esvoaçou com tudo (portas, macas, aparelhos...) e instalou o caos, do qual resultou a perda de várias fichas, inclusive da pessoa que acompanhava (pelo menos foi esta a justificação para a demora de 6 horas no atendimento), que só aconteceu porque desesperei, com o medo de sequelas, e exigi explicações para o que estava a acontecer.
A cronologia dos acontecimentos foi:
17h38 (30/12) entrada no SU
00h32 (31/12) início dos testes para o diagnóstico
01h38 (31/12) diagnóstico feito.
Num momento em que o governo se preocupa em salvar bancos, para não prejudicar as grandes fortunas, deixa os contribuintes sedentos de cuidados médicos atirados para bancos de uma sala de espera (quando os há vagos) durante mais de 6 horas. Tudo isto é um claro incentivo ao recurso aos privados...
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